quinta-feira, 1 de março de 2007

Etnografia do Vale do Âncora

Vira do Vale do Âncora

Igreja de Âncora praia
Feita de pedra morena
Dentro dela vão à missa
Dois olhos que me dão pena

Aqueles murinhos brancos
São amparo do meu bem
Muitas mocinhas se estragam
Pela vaidade que tem

Manuel é pano fino
Todo picado de traça
Eu hei-lhe andar ao geito
Que lhe hei-de cair em graça

Meu amor se fores à missa
Põe-te em sítio que eu te veja
Não faças andar meus olhos
Em balanços na igreja

Deixa que te hei-de encontrar
Numa quelha sem saída
Que te hei-de perguntar
Que te importa a minha vida

1 comentário:

Anónimo disse...

Estes versos fazem recordar Pedro Homem de Melo e a falta que faz ao vale do Âncora que alguém estude a sua etnografia.
Parabéns pelo blog.