Vira do Vale do Âncora
Igreja de Âncora praia
Feita de pedra morena
Dentro dela vão à missa
Dois olhos que me dão pena
Aqueles murinhos brancos
São amparo do meu bem
Muitas mocinhas se estragam
Pela vaidade que tem
Manuel é pano fino
Todo picado de traça
Eu hei-lhe andar ao geito
Que lhe hei-de cair em graça
Meu amor se fores à missa
Põe-te em sítio que eu te veja
Não faças andar meus olhos
Em balanços na igreja
Deixa que te hei-de encontrar
Numa quelha sem saída
Que te hei-de perguntar
Que te importa a minha vida
1 comentário:
Estes versos fazem recordar Pedro Homem de Melo e a falta que faz ao vale do Âncora que alguém estude a sua etnografia.
Parabéns pelo blog.
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